Albert Einstein
(1879 – 1905)
Físico alemão de origem judaica, foi um dos maiores
cientistas de todos os tempos. É conhecido especialmente por sua teoria
da relatividade, que expôs pela primeira vez em 1905, quando tinha
apenas 26 anos de idade. Suas contribuições à ciência foram muitas.
Relatividade: A teoria da relatividade de Einstein
revolucionou o pensamento científico, com suas concepções novas sobre o
tempo, o espaço, a massa, o movimento e a gravitação. Concebia a matéria
e a energia como equivalentes e não distintas. Ao afirmar isso,
assentou a base para o controle da liberação da energia contida no
átomo.
Assim, Einstein foi um dos criadores da idade
atômica. Sua famosa equação E = mc², onde c é a velocidade da luz,
tornou-se a pedra fundamental do desenvolvimento da energia atômica. Ao
elaborar sua teoria, baseou-se num pensamento filosófico profundo e num
raciocínio matemático complexo.
Albert, filho de Hermann Einstein e Paulina Koch
Einstein, nasceu em 14 de março de 1879, na cidade de Ulm, Württemberg,
Alemanha. Quando tinha cinco anos de idade, seu pai mostrou-lhe uma
bússola de bolso. O menino ficou profundamente impressionado com o
comportamento misterioso da agulha magnética que se mantinha voltada
para a mesma direção por mais que se fizesse girar a bússola. Mais
tarde, segundo contam, explicou que sentira que "por trás das coisas,
algo forçosamente deveria estar escondido".
Depois de concluir seu curso nas escolas públicas de
Munique (Alemanha) e Aarau (Suíça), Einstein estudou matemática e física
no Instituto Politécnico Suíço na cidade de Zurique. Em 1900, terminou o
seu curso, indo trabalhar como perito no Departamento de Patentes de
Berna, cargo em que permaneceu de 1902 até 1909. O trabalho nessa
repartição lhe deixava muito tempo livre, tempo que empregava em
experimentação científica. Em 1905, adquiriu a cidadania suíça.
Durante este ano, Einstein apresentou três de suas
maiores contribuições ao conhecimento científico. O ano de 1905 marcou
época na história da ciência física, pois foi então que ele escreveu
três trabalhos, publicados num periódico científico alemão, intitulado
Annalen der Physik (Anais de Física), cada um dos quais veio a
converter-se na base de um novo ramo da física.
Em um desses trabalhos, Einstein sugeriu que a luz poderia ser
concebida como uma corrente formada de partículas ínfimas, às quais deu o
nome de quanta. Essa idéia passou a constituir uma parte importante da
teoria quântica. Antes de Einstein, cientistas já tinham descoberto que
um feixe luminoso brilhante, incidindo sobre um metal, levava-o a emitir
elétrons, que poderiam transformar-se numa corrente elétrica. Mas os
cientistas não podiam explicar o fenômeno, a que tinham dado o nome de
efeito fotelétrico. Einstein, entretanto, explicou esse efeito,
baseando-se na sua teoria quântica. Mostrou que, quando os quanta de
energia luminosa atingem átomos de um metal, forçam-no a desprender
elétrons.
A obra de Einstein ajudou a comprovar a teoria
quântica. Ao mesmo tempo, deu ao efeito fotoelétrico uma explicação
impossível de conceber, enquanto os cientistas continuassem a afirmar
que a luz se propagava exclusivamente através de ondas. A célula
fotoelétrica ou olho eletrônico que é uma decorrência do trabalho de
Einstein tornou possíveis o cinema sonoro, a televisão e muitos outros
inventos. Por seu trabalho sobre os quanta, Einstein recebeu o prêmio
Nobel de física de 1921.
Num segundo trabalho, intitulado A Eletrodinâmica dos
Corpos em Movimento, Einstein apresentou a teoria da relatividade
restrita. Em virtude dessa teoria, que mostra a relatividade do tempo -
idéia jamais concebida antes - o nome de Einstein passou a ser
amplamente conhecido. Em 1944, uma cópia do famoso manuscrito de
Einstein sobre a eletrodinâmica serviu de base para um investimento de
seis milhões e 500 mil dólares em bônus de guerra, num leilão realizado
na cidade de Kansas, E.U.A. O trabalho foi mais tarde enviado para a
Biblioteca do Congresso em Washington. Em outro estudo, publicado em
1905, Einstein demonstrou a equivalência entre massa e energia, expressa
em sua famosa equação E = mc².
O terceiro importante trabalho de Einstein, em 1905,
dizia respeito ao movimento browniano, um movimento em ziguezague de
partículas microscópicas suspensas num líquido ou gás. Esse movimento
confirmava a teoria atômica da matéria.
Einstein apresentou esses trabalhos antes de assumir posto acadêmico.
Mas, em 1909, foi nomeado professor de física teórica da Universidade de
Zurique, na Suíça. Em 1911 e 1912, ocupou posto equivalente na
Universidade Alemã de Praga, no antigo Império Austro-Húngaro. Função
semelhante passou a desempenhar, em 1912, no Instituto Federal de
Tecnologia de Zurique, Suíça.
Em 1913, Einstein era eleito membro da Academia Prussiana de Ciências,
sediada em Berlim. Um ano depois, ao aceitar o posto de professor de
física na Universidade de Berlim, readquiriu a cidadania alemã. No mesmo
ano, foi nomeado diretor do Instituto de Física Kaiser Guilherme,
também na capital alemã, postos que ocupou até 1933.
Em 1915, Einstein anunciava ter desenvolvido a teoria
da relatividade generalizada, baseada na sua teoria sobre a
relatividade restrita. Em sua teoria generalizada, tentou expressar
todas as leis da física através de equações covariantes, ou seja,
equações que têm a mesma forma matemática, qualquer que seja o sistema
de referência a que são aplicadas. A teoria geral, anunciada em 1915,
veio a público em 1916.
A Teoria Unitária do Campo. Einstein não se sentiu
inteiramente satisfeito com a teoria da relatividade generalizada, pois
ela não incluía o eletromagnetismo. Ao aproximar-se o fim da década de
1920, tentou incorporar numa só teoria tanto os fenômenos
eletromagnéticos como os gravitacionais, teoria denominada teoria
unitária do campo. Mas não conseguiu dar forma a uma teoria unitária do
campo, embora tenha despendido 25 anos de sua vida tentando elaborá-la.
Sentindo aproximar-se o fim de sua vida, Einstein assinalou a
conveniência de deixar claro que tal teoria não existia. Preocupava-o a
idéia de que, não tendo desenvolvido uma teoria nem mostrado a
impossibilidade de sua existência, talvez ninguém jamais o fizesse.
Einstein casou-se duas vezes. Separou-se da primeira
mulher logo após sua chegada a Berlim. Durante a Primeira Guerra
Mundial, desposou sua prima-irmã, Elsa, que veio a morrer em Princeton
em 1936, depois de compartilhar com ele, fielmente, sua vida. De seu
primeiro casamento, teve dois filhos; com o segundo, ganhou duas
enteadas.
Einstein era, por natureza, profundamente religioso.
Entretanto, jamais se ligou a qualquer religião ortodoxa. Embora achando
a crença num deus pessoal um conceito demasiadamente específico para
ser aplicável ao Ser em ação neste mundo, Einstein jamais admitiu um
universo caracterizado pelo acaso e pelo caos. No universo, pensava ele,
deveriam reinar a lei e a ordem absolutas. Certa vez afirmou: "Deus
pode ser muito sofisticado, mas não é malicioso."
Einstein foi eleito pela revista Time a maior personalidade do século XX.